quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O que é o Caminho de Santiago

Com certeza você já deve ter ouvido falar no famoso Caminho de Santiago de Compostela. Pois então, vamos esclarecer algumas dúvidas. Na verdade, não é apenas um caminho, mas vários. O que eles tem em comum é o ponto de chegada, a cidade de Santiago de Compostela, na região da Galícia, Espanha. Segundo a tradição, ali repousam os restos mortais de Tiago Maior, um dos 12 apóstolos de Jesus, respeitosamente guardados numa arca de prata no porão da catedral decdicada ao santo.



Dentre os discípulos, Pedro, Tiago e seu itmão João, foram os mais íntimos de Jesus. Os evangelhos nos autorizam a afirmar isso porque, quando o nazareno queria se fazer acompanhar de um grupo mais restrito, era estes que chamava. Tiago estava tambem entre os mais impetuosos. Talvez esse traço de personalidade ajude a explicar sua pregação nos confins do mundo conhecido, como era a península ibérica.  Do mesmo modo, pode explicar o fato de ter sido o primeiro a morrer em nome da noca fé. Ao retornar a Jerusalém, Tiago foi decapitado, no ano 44, por ordem de Herodes Agripa I. Depois do martírio, o corpo de Tiago foi recolhido por dois discípulos que o acompanhavam desde a Galícia e sepultado nestas terras. Séculos depoi, fenômenos luminosos revelariam o local da tumba ao eremita Pelayo. Isso se deu entre820 e 830.

Do surgimento de um templo à formação de um importante polo de peregrinação para toda a cristandade foi um passo. Peregrinos acorreram de toda Europa, em busca de alguma graça. Aqueles que vinham de Portugual foram responsáveis por traçar o Caminho Portugês; os que vinham do restante da Europá fizeram diversos trajetos, sendo mais célebre o conhecido pelo nome de Caminho Real ou Francês, áté hoje percorrido por cerca de três quartos dos peregrinos.


Em 1122, o papa Calisto II concedeu à Catedral de Santiago o privilégio do jubileu pleníssimo. Isso significa que peregrinar até a catedral nos anos em que o dia 25 de julho incide em um domingo (data dedicada a Santiago) confere ao fiel o perdão pleno de seus pecados. Daí passados quase dez séculos, até hoje se nota a influência dos "anos santos" sobre o afluxo de peregrinos. Depedendo da pesperctiva pela qual se olhe, podemos enxergar profundas diferenças entre o peregrino medieval e o contemporâneo. Na Idade Média era permitido enviar um representante até Santiago. A peregrinação podia ser feita por um vassalo, em benefício do seu senhor.

Além disso, o caminhante estava mais vulnerável às intempéries e ás doenças, sem contr os ataques de salteadores. Hoje há infraestrutura de serviços, cujas portas se abrem mediante a apresentação de um singelo cartão de crédito.  Equipamnetos high tech atenuam as dores do caminhante e há segurança.

Mas também há semelhanças. Mesmo que a Igreja Católica tenha perdido boa parte de sua autoridade política, e que o Cristianismo tenha se diversificado sob pregações variadas, não é possivel negar uma fé que move multidões. Santiago continua inspirando-a. Porém, nem todos percebem que o "milagre" não se opera na catedral, e sim no Caminho que leva até ela. É o tempo que o peregrino reserva aos cuidados para consigo mesmo, a solidariedade aso outros, a simplicidade do dia a dia nos albergues, a abertura para novas experiências, tudo isso contribui para transformar seu interior em espelho do altyar que encontrará na grande Catedral.

Isso é o Caminho de Santiago: fora e dentroi; ontem e hoje. Acima de qualquer coisa, é nos passos do peregrino que o Caminho vive.

Fonte do texto: Metrô News, ed. 29/02/2012
Fonte da imagem: http://profleidmartins.blogspot.com/2011/01/o-caminho-de-santiago-de-compostela_09.html

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