segunda-feira, 27 de junho de 2011


Tecnologia
Foto: divulgação - 20/6/2011
 
Em 2050, as aeronaves terão paredes transparentes
Agências Internacionais




Enquanto a American Airlines tenta introduzir um pouco de tecnologia do século 21 para
os passageiros de seus aviões com GalaxyTabs 10.1, a Airbus apresentou na sexta-feira (17)
um conceito que vai “um pouquinho” além. A fabricante de aeronaves divulgou um projeto de
como prevê que sejam seus aviões em 2050; e, a começar por suas paredes transparentes
(!), tudo parece louco e futurista demais para nós, viajantes de classe econômica acostumados
com janelinhas de acrílico de 10cm.
A estrutura “inteligente” da aeronave de 2050 tem a inspiração tirada dos esqueletos das aves,
projetados para enfrentar vôos longos em grandes altitudes, e é constituída de vidro e uma
membrana biônica capaz de regular luminosidade e temperatura no interior da cabine –
como eles pretendem fazer isso, ninguém sabe (talvez nem eles próprios). Assim, o passageiro
ganha uma exuberante vista panorâmica do exterior da aeronave que provavelmente vai
desesperar ainda mais quem tem medo de voar (talvez seja uma boa ideia arranjar um protetor
de olhos para a decolagem e a aterrissagem).
Mas não se trata apenas de um avião com paredes de vidro. A Airbus pretende fazer as
companhias aéreas esquecerem os conceitos lowcost que vêm empregando nas viagens aéreas
dos últimos tempos ao extinguir o conceito de classe. Ao invés disso, a cabine de passageiros
seria dividida em três áreas: na frente, a zona de relaxamento, com sistemas de entretenimento
e de jogos holográficos, assentos massageadores que se ajustam ao corpo do passageiro,
sistema de ar-condicionado vitaminado e aromaterapia.
No meio, uma zona de diversão e socialização, com um bar e um campo de mini-golfe
holográfico. Na parte de trás, a zona de trabalho, que permite que os executivos de plantão
não interrompam a produtividade durante o deslocamento com sistema de internet, módulos
para montagem de espaços e redução de ruídos.
A aeronave de 2050, invariavelmente, também será bastante preocupada com a questão
ambiental. Não, eles ainda não tiveram a ousadia de sugerir um avião movido a eletricidade,
mas neste conceito o calor do corpo do passageiro seria capturado pelos assentos e
comvertido em energia que alimenta os sistemas de luminosidade e climatização da cabine.
Por empregar materiais muito mais leves na sua construção, o avião também gasta muito
menos combustível por poder voar a altitudes maiores e em maior velocidade, além da
pressurização se tornar um processo mais simples.
OK, tudo muito lindo, mas com o perdão do trocadilho, acho que a Airbus está “viajando”
com este conceito. A menos que uma aeronave destas chegasse em 2050 com um custo
menor que o das atuais, as chances dela aparecer até lá é muito pequena tendo em vista
a política de “lucro máximo, conforto mínimo” das companhias aéreas mundiais – e, se
por acaso elas vierem a se tornar realidade, certamente o custo das passagens para
voar num avião destes o tornará exclusivo de passageiros como Bill Gates, Carlos Slim
e Eike Batista. No fim, parece apenas mais umas daquelas previsões do futuro
(ou atual presente) que Walt Disney colocou em seus parques temáticos… nos anos 70.

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